Na Semana da Mulher, esta FOLHA enviou duas perguntas para Elizabeth Brandão de Castro, professora e proprietária da British School.
FOLHA – Considerando o Dia Internacional da Mulher (8/3) e o Ano do Sesquicentenário de Ponte Nova, quais são as reivindicações que você prioriza como forma de otimizar a inclusão feminina na vida política e social de nosso município?
Elizabeth – As mulheres estão cada vez mais aptas a concorrer e ocupar cargos públicos, porém os partidos ainda são organizados e controlados por homens, que dão pouco espaço para as mulheres estruturarem suas campanhas. Todo o processo político acaba sendo muito desestimulante para a mulher. Para fortalecer a inclusão da mulher no poder, deveriam ser oferecidos cursos, seminários e campanhas institucionais, aliados à profissionalização e à elevação de escolaridade.
FOLHA – Considerando o período que antecede a campanha pró-eleições municipais de outubro, como explicar as poucas candidaturas femininas vitoriosas e como criar ambiente para maior inserção das mulheres na vida político-partidária?
Elizabeth – A participação feminina na política brasileira mostra ligeira ascensão, mas o Brasil precisa desenvolver uma série de políticas que colaborem para a superação de questões do gênero. Permanecem porém, comportamentos que serviam mais difíceis de serem construídos. Às vezes, a própria mulher não quer, porque ela se sente com dupla ou tripla jornada de trabalho. Existe uma real necessidade de ações específicas para garantir inclusão produtiva de mulheres, autonomia e empoderamento feminino.